Quinta da Romaneira

A história da Romaneira é bastante antiga, Existem registos de vinha plantada na Romaneira nos séculos XVII e XVIII, período durante o qual a propriedade pertenceu a três famílias distintas: Sousa Guimarães, cujas iniciais surgem na porta da Quinta com a data de 1854, Lacerda, D. Clara de Lacerda deu o seu nome a uma das casas da propriedade, e Monteiro de Barros, que, em 1940, ampliou a quinta para o tamanho que hoje conhecemos.
Considerada como uma das principais quintas do Douro, a Romaneira aparece representada no mapa do Douro elaborado pelo Barão de Forrester. Não obstante, são feitas menções à propriedade em obras de grandes autores do século XIX, como Henry Vizetelly, que se dedicava ao estudo do Vinho do Porto. O Visconde de Vila Maior classifica ainda o vinho da Romaneira como “um dos melhores do Douro, notável pela sua suavidade, corpo e aroma”. Aliás, os Vinhos do Porto da Quinta da Romaneira foram os primeiros Vinhos do Porto a ser leiloados pela famosa leiloeira Christies, em 1872.
A Quinta da Romaneira resultou da junção de várias propriedades pré-filoxéricas, a maior parte delas classificadas no conjunto das de produção de “Vinho de Feitoria” (a qualidade mais elevada, à época – com capacidade de exportação através da Feitoria Inglesa do Porto) nas demarcações pombalinas de 1757. A abundância de Rosmaninho terá dado o nome à propriedade. Na realidade, 1757 trata-se apenas do registo oficial da Quinta (feito aquando das tais demarcações decididas pelo Marquês de Pombal), uma vez que a vinha já teria sido plantada algumas décadas antes.

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